As denúncias sobre fraude em notas de estudantes do
Uniceuma, UFMA e UEMA colocam novamente o Maranhão em uma exposição negativa.
Isso não é novidade.
Basta lembrar as frases famosas atribuídas ao hoje senador
João Alberto (PMDB), que teria declarado não ser 100% honesto e que a corrupção
estava instalada nos três poderes no Maranhão.
Cabe rememorar também a fábula derivada de um dos sermões do
padre Antônio Vieira, segundo a qual a língua do diabo desabou em Portugal e as
letras do alfabeto espalharam-se pelas colônias ultramarinas.
Qual letra coube ao Maranhão?
A letra M de mexericar, maldizer, malsinar e, sobretudo, M
de mentir. Essa cultura política foi plantada, adubada e regada bem antes de
Vitorino Freire, mas a árvore ganhou viço de 1960 em diante.
Instalou-se aqui a cultura do malfeito e do maldito. É o
Maranhão amaldiçoado pela política tosca do atraso das capitanias hereditárias
e do coronelismo da oligarquia.
O historiador Wagner Cabral já discorreu sobre a
Universidade da Fraude no Maranhão. É preciso investigar a fundo se há corrupção
nas notas de estudantes universitários.
Mais que isso. É preciso investigar também as eleições no
Maranhão. Em 1994 Epitácio Cafeteira perdeu a eleição para o governo em uma
surpreendente virada de Roseana Sarney nos instantes finais da apuração.
Em 2010 novamente Roseana Sarney (PMDB) ganhou a eleição,
levantando suspeitas sobre as derradeiras urnas que levariam a disputa ao
segundo turno, onde haveria uma forte tendência de virada da oposição.
As denúncias sobre fraudes em notas nas três maiores
universidades do Maranhão podem ser a ponta do iceberg para investigações
maiores.
As fraudes nas universidades podem revelar ou não se o
Maranhão é a universidade da fraude.
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