quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

No Maranhão é preciso investigar também as denúncias de fraude eleitoral

As denúncias sobre fraude em notas de estudantes do Uniceuma, UFMA e UEMA colocam novamente o Maranhão em uma exposição negativa. Isso não é novidade.

Basta lembrar as frases famosas atribuídas ao hoje senador João Alberto (PMDB), que teria declarado não ser 100% honesto e que a corrupção estava instalada nos três poderes no Maranhão.

Cabe rememorar também a fábula derivada de um dos sermões do padre Antônio Vieira, segundo a qual a língua do diabo desabou em Portugal e as letras do alfabeto espalharam-se pelas colônias ultramarinas.

Qual letra coube ao Maranhão?

A letra M de mexericar, maldizer, malsinar e, sobretudo, M de mentir. Essa cultura política foi plantada, adubada e regada bem antes de Vitorino Freire, mas a árvore ganhou viço de 1960 em diante.

Instalou-se aqui a cultura do malfeito e do maldito. É o Maranhão amaldiçoado pela política tosca do atraso das capitanias hereditárias e do coronelismo da oligarquia.

O historiador Wagner Cabral já discorreu sobre a Universidade da Fraude no Maranhão. É preciso investigar a fundo se há corrupção nas notas de estudantes universitários.

Mais que isso. É preciso investigar também as eleições no Maranhão. Em 1994 Epitácio Cafeteira perdeu a eleição para o governo em uma surpreendente virada de Roseana Sarney nos instantes finais da apuração.

Em 2010 novamente Roseana Sarney (PMDB) ganhou a eleição, levantando suspeitas sobre as derradeiras urnas que levariam a disputa ao segundo turno, onde haveria uma forte tendência de virada da oposição.

As denúncias sobre fraudes em notas nas três maiores universidades do Maranhão podem ser a ponta do iceberg para investigações maiores.

As fraudes nas universidades podem revelar ou não se o Maranhão é a universidade da fraude.

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