Até agora, foram apresentadas provas concretas dos desvios
de dinheiro público em sete municípios. Gláucio Alencar e o pai dele, José
Miranda, prestaram depoimento.
Está constatado que houve desvio de recursos federais em 32
Prefeituras Maranhenses, comandados pela quadrilha de agiotas no Estado. Os
dados são da Superintendência da Polícia Federal no Maranhão.
A Operação Cheque em Branco, que investiga a atuação de
agiotas no Estado, mostram que o grupo de agiotas chefiado por Gláucio Alencar
e seu pai, José Alencar Miranda, liderava o desvio de verba que iria,
principalmente, para a merenda escolar.
Depoimento
Na manhã desta sexta, os empresários Gláucio Alencar e José
de Alencar Miranda prestaram depoimento na sede da Polícia Federal, no bairro
da Cohama, em São Luís.
Assassinato
Gláucio Alencar e José Alencar Miranda estão presos, em São
Luís, suspeitos de serem lideres de uma quadrilha de agiotas que também estaria
envolvida na morte do jornalista Décio Sá, em abril do ano passado. O
jornalista foi executado a tiros em um bar, na Avenida Litorânea, após
denunciar a morte do empresário Fábio Brasil, em Teresina. Fábio Brasil estaria
devendo a quadrilha de agiotas e foi executado em via pública na capital do
Piauí.
Usura II
A Operação Usura II foi deflagrada no último dia 25, pelo
Departamento de Polícia Federal em conjunto com a Controladoria Geral da União
– CGU, para apurar o desvio de recursos públicos federais nos municípios
maranhenses de Bacabal e Zé Doca. Foram cumpridos 19 mandados de condução
coercitiva e dez mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da 1ª Vara
da Justiça Federal de São Luís, para serem executados nos municípios
maranhenses de São Luís, Bacabal, Pedreiras, Zé Doca e Caixas.
A Operação é um desdobramento da Operação Usura, deflagrada
em maio/2011, que evidenciou desvios de recursos públicos federais do município
de São João do Paraíso/MA, para o pagamento de ações de agiotagem.
Trata-se de uma fase da investigação onde se tenta obter
declarações de pessoas envolvidas na investigação e a busca de documentos
pertinentes às provas já obtidas.
A operação contou com a participação de 70 policiais e 11
servidores da CGU.
Do Imirante
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