A presidente Dilma Rousseff assinou no final da manhã desta
quinta-feira (7), durante cerimônia no Palácio do Planalto, decreto que permite
às emissoras de rádio que operam na faixa AM migrarem para a faixa FM.
Essa medida atende a demanda antiga do setor de rádio,
principalmente de emissoras do interior, e vai permitir melhoria da qualidade
do sinal dessas rádios. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV
(Abert) avalia que 90% das 1,8 mil rádios comerciais AM se transfiram para a
frequência FM.
Em discurso após a assinatura do decreto, a presidente Dilma
Rousseff disse que a migração é importante para permitir também que as rádios
hoje na faixa AM possam ser sintonizadas por aparelhos celulares e tablets –
esses equipamentos só captam sinal de FM.
“Ao cativar as novas gerações, esse fato [assinatura do
decreto] ajudará a firmar o rádio como meio de comunicação que ultrapassa
fronteiras etárias, geográficas e sociais”, disse a presidente.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, informou que o
decreto prevê que as emissoras AM interessadas na migração vão poder requerê-la
a partir de 1º de janeiro de 2014. Em seguida, a Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) vai fazer estudos para avaliar a viabilidade da
transferência.
“Sabemos que na maioria das localidades é possível fazer a
transferência, mas em grades centros pode haver dificuldade”, disse o ministro.
Segundo ele, em locais onde não haja espaço disponível, o governo vai usar as
frequências dos canais 5 e 6 da TV para atender aos pedidos de migração. Isso,
porém, só deve acontecer após a conclusão do processo de digitalização da TV
aberta.
Bernardo disse ainda que as rádios têm papel importante para
informação da população, principalmente nas pequenas cidades. E que o governo
tem interesse em expandir a radiodifusão no país, mas com qualidade, por isso a
importância do decreto que permite a migração.
O ministro apontou ainda que nos últimos anos as rádios AM,
devido à baixa qualidade do sinal, perderam ouvintes para as FM. E que o decreto
assinado nesta quinta vai permitir “padrão similar de qualidade na prestação de
serviço” a todas as emissoras.
A presidente Dilma Rousseff assinou no final da manhã desta
quinta-feira (7), durante cerimônia no Palácio do Planalto, decreto que permite
às emissoras de rádio que operam na faixa AM migrarem para a faixa FM.
Essa medida atende a demanda antiga do setor de rádio,
principalmente de emissoras do interior, e vai permitir melhoria da qualidade
do sinal dessas rádios. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV
(Abert) avalia que 90% das 1,8 mil rádios comerciais AM se transfiram para a
frequência FM.
Em discurso após a assinatura do decreto, a presidente Dilma
Rousseff disse que a migração é importante para permitir também que as rádios
hoje na faixa AM possam ser sintonizadas por aparelhos celulares e tablets –
esses equipamentos só captam sinal de FM.
“Ao cativar as novas gerações, esse fato [assinatura do
decreto] ajudará a firmar o rádio como meio de comunicação que ultrapassa
fronteiras etárias, geográficas e sociais”, disse a presidente.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, informou que o
decreto prevê que as emissoras AM interessadas na migração vão poder requerê-la
a partir de 1º de janeiro de 2014. Em seguida, a Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) vai fazer estudos para avaliar a viabilidade da
transferência.
“Sabemos que na maioria das localidades é possível fazer a
transferência, mas em grades centros pode haver dificuldade”, disse o ministro.
Segundo ele, em locais onde não haja espaço disponível, o governo vai usar as
frequências dos canais 5 e 6 da TV para atender aos pedidos de migração. Isso,
porém, só deve acontecer após a conclusão do processo de digitalização da TV
aberta.
Bernardo disse ainda que as rádios têm papel importante para
informação da população, principalmente nas pequenas cidades. E que o governo
tem interesse em expandir a radiodifusão no país, mas com qualidade, por isso a
importância do decreto que permite a migração.
O ministro apontou ainda que nos últimos anos as rádios AM,
devido à baixa qualidade do sinal, perderam ouvintes para as FM. E que o decreto
assinado nesta quinta vai permitir “padrão similar de qualidade na prestação de
serviço” a todas as emissoras.
O presidente da Abert, Daniel Pimentel Slaviero, disse que o
decreto, assinado no Dia do Radialista, é “o fato mais relevante para o rádio
AM nos últimos 50 anos”.
“Esta é uma medida justa, que valoriza o pequeno
radiodifusor, pois 79% das rádios AM têm até 5 Kw de potência, a grande maioria
em cidades de pequeno e médio porte”, disse Slaviero.
Prazo para migração
Bernardo disse que, nos locais onde houver espaço
disponível, o processo de migração das rádios AM para FM deve levar entre 8
meses e um ano. Ele avaliou que, das 1,7 mil emissoras que devem pedir a
transferência, 2/3 se encaixam nesse perfil.
O presidente interino da Anatel, Jarbas Valente, estimou,
porém, que deverá haver alguma dificuldade de migração em pelo menos mil
cidades brasileiras – grandes centros e os municípios ao redor deles, onde o
espectro já está saturado.
Onde não houver disponibilidade, a transferência deve ser
completada apenas entre 2016 e 2018, prazo de conclusão da digitalização da TV
aberta, quando as rádios AM poderão então ocupar o lugar nos espaços dos canais
de TV.
Bernardo disse ainda que o decreto garante às rádios AM
potência suficiente para manter, após a migração para a faixa FM, a mesma área
de cobertura de sinal – as ondas de rádio AM têm alcance maior que de FM, por
isso a necessidade de uma potência maior para conseguir a mesma cobertura.
Mudanças técnicas
Para migrar à faixa FM, as rádios AM vão ter que trocar seus
sistemas de transmissão de sinal, que inclui transmissores, antenas e
equipamentos auxiliares. O investimento médio previsto é de cerca de R$ 85 mil
para cada emissora. O governo deve oferecer financiamento ao setor.
A troca dos equipamentos é necessária porque as rádios AM
funcionam em uma frequência de 525 KHz, no início do espectro, enquanto as
rádios FM operam em 88 MHz. As ondas de rádio emitidas pelos transmissores AM
são consideradas de tamanho médio, com alcance maior que os de FM, que têm
ondas curtas. Portanto, a diferença técnica entre uma e outra está na
propagação dessas ondas.
Frequências como as da rádio AM estão mais sujeitas a
sofrerem interferência de equipamentos e sons, como eletrodomésticos, fábricas,
linhas de transmissão e até o barulho produzido por veículos. Por isso o sinal
dessas emissoras tem uma qualidade inferior à das FM.
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