Juízes corruptos no tribunal popular
Juízes fantasmas, juízes preguiçosos e juízes facciosos e corruptos, tremei.
Já está funcionando o Tribunal Popular do Judiciário, instalado pela regional maranhense da Cáritas Brasileira e convertido em caravana que ora percorre o estado recolhendo denúncias. A intenção é forçar uma providência contra esses poucos que entretanto prejudicam severamente a imagem do imagem do Judiciário.
Alguns desses juízes são chamados fantasmas porque quase nunca estão na comarca. Outros, de preguiçosos, porque lá só ficam três dias na semana e deixam que os processos se acumulem. Terceiros, ninguém duvida, são desonestos.
O perfil dos corruptos é fácil de desenhar. São aqueles que só enxergam razão no latifúndio, nunca no camponês; nos poderosos, jamais nos comuns; nos endinheirados, mas não nos pobres. São também frequentemente acusados de julgar com rapidez as causas que envolvem grandes quantias (ou nas quais concedem superindenizações), enquanto os pricessos dos simples ficam entregues às traças, quando não desaparecem misteriosamente dos cartórios.
É ainda típico dos corruptos a rapidez com que concedem liminares autorizando o levantamento de grandes quantias, apesar do escândalo e das rumorosas representações a que ficam sujeitos.
Para que nada de mal lhes suceda, costumam atuar em bando secreto e bajular desembargadores com uma subserviência desconhecida nos bordéis.
É sobretudo contra esses últimos ― que não chegam talvez a uma mísera dezena ― que se mobiliza a caravana do Tribunal Popular do Judiciário.
Nos dias 10 e 11 de setembro, a primeira caravana judicial-popular, com cerca de 300 pessoas (jornalistas, advogados, padres, freiras, sociólogos e outros profissionais e líderes sociais), percorreu os municípios da região do Baixo Parnaíba. Na cidade de Santa Quitéria, reuniu-se o tribunal para ouvir as denúncias, que no devido tempo serão encaminhadas ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e à OEA (Organização dos Estados Americanos.
Nos dias 1 e 2 de outubro, a caravana visita a região de Imperatriz. Em 15 e 16, Bacabal. Em 5 e 6 de novembro, a Baixada Maranhense. Após as caravanas haverá finalmente o 1o Grande Tribunal Popular do Judiciário do Maranhão.
Pescado do blog do Walter Rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário