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Na primeira aparição depois do apagão, a ministra Dilma Rousseff forneceu a seus marqueteiros um excelente exemplo de como eles vão ter que trabalhar para construir sua imagem na campanha.
Dilma negou o que disse há duas semanas ("Não vamos ter mais apagão".) Desdenhou da repórter, ora ironizando ("Minha querida..."), ora sendo claramente descortês e impaciente ("Você está confundindo, minha filha...").
Não admitiu falar em "apagão", mas em "blecaute", explicando doutamente a diferença entre os dois.
E foi por aí, deitando regra, ensinando ao Brasil como é que se faz. O quê? Tudo.
A ministra entende tudo de tudo. No momento, transformou-se em expert em meio ambiente. Esverdeou geral.
O trabalho dos marqueteiros vai ser complexo. Dilma tem se revelado difícil.
E mais: não adianta ser falso, criar alguém que não existe.
Dois exemplos podem ser lembrados aqui.
Primeiro, é falso creditar a eleição de Lula em 2002 ao publicitário Duda Mendonça. Lula tomou um banho de loja, aparou a barba, cuidou da pele. Isso é trabalho de marqueteiro.
Deu tão certo, que o presidente tomou gosto. Passou a andar elegantíssimo.
Mas aqueles que o conhecem sempre afirmaram que, por trás do sindicalista feroz e mau-humorado, havia uma pessoa simpática, brincalhona, piadista. O brasileiro típico, que gosta de futebol, de mulher e de uma bebidinha com os amigos.
Foi só deixar este Lula aparecer. Os acordos de José Dirceu com empresários e banqueiros fizeram o resto. O Lula que venceu as eleições já estava lá. Não é uma construção de marqueteiros.
No exemplo contrário, na campanha para a reeleição em 2004, Duda Mendonça tentou transformar a então prefeita Marta Suplicy numa florzinha sempre sorridente e humilde.
Deu tudo errado.
Marta é mulher de temperamento forte, e não há nada de mau nisso. É parte do seu capital, a periferia de São Paulo gostava daquele estilo "Chanel na lama", como dizia o próprio presidente Lula.
Mas, apertada no figurino da mocinha bem comportada, na primeira saída às ruas, Marta pôs tudo a perder. Bateu boca com uma eleitora, disse umas palavras ríspidas a uma repórter.
Em suma, destruiu a imagem de boazinha. Era falsa.
Por isso, não adianta comparar a Dilma de 2010 com o Lula de 2002. Dilma não é Lula.
Vai dar um trabalho ao marqueteiro...
Dilma negou o que disse há duas semanas ("Não vamos ter mais apagão".) Desdenhou da repórter, ora ironizando ("Minha querida..."), ora sendo claramente descortês e impaciente ("Você está confundindo, minha filha...").
Não admitiu falar em "apagão", mas em "blecaute", explicando doutamente a diferença entre os dois.
E foi por aí, deitando regra, ensinando ao Brasil como é que se faz. O quê? Tudo.
A ministra entende tudo de tudo. No momento, transformou-se em expert em meio ambiente. Esverdeou geral.
O trabalho dos marqueteiros vai ser complexo. Dilma tem se revelado difícil.
E mais: não adianta ser falso, criar alguém que não existe.
Dois exemplos podem ser lembrados aqui.
Primeiro, é falso creditar a eleição de Lula em 2002 ao publicitário Duda Mendonça. Lula tomou um banho de loja, aparou a barba, cuidou da pele. Isso é trabalho de marqueteiro.
Deu tão certo, que o presidente tomou gosto. Passou a andar elegantíssimo.
Mas aqueles que o conhecem sempre afirmaram que, por trás do sindicalista feroz e mau-humorado, havia uma pessoa simpática, brincalhona, piadista. O brasileiro típico, que gosta de futebol, de mulher e de uma bebidinha com os amigos.
Foi só deixar este Lula aparecer. Os acordos de José Dirceu com empresários e banqueiros fizeram o resto. O Lula que venceu as eleições já estava lá. Não é uma construção de marqueteiros.
No exemplo contrário, na campanha para a reeleição em 2004, Duda Mendonça tentou transformar a então prefeita Marta Suplicy numa florzinha sempre sorridente e humilde.
Deu tudo errado.
Marta é mulher de temperamento forte, e não há nada de mau nisso. É parte do seu capital, a periferia de São Paulo gostava daquele estilo "Chanel na lama", como dizia o próprio presidente Lula.
Mas, apertada no figurino da mocinha bem comportada, na primeira saída às ruas, Marta pôs tudo a perder. Bateu boca com uma eleitora, disse umas palavras ríspidas a uma repórter.
Em suma, destruiu a imagem de boazinha. Era falsa.
Por isso, não adianta comparar a Dilma de 2010 com o Lula de 2002. Dilma não é Lula.
Vai dar um trabalho ao marqueteiro...
Por Lúcia Hippólito - Cientista Política
Um comentário:
QUE VAGABUNDA MANDA ELA DA O DEDO
PRÁ LULA ESSA PROSTITUTA
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