A deputada Helena Heluy (PT), católica militante, registrou nos anais da Assembleia a morte de padre Eider Furtado da Silva.
Classificou-o de “figura extraordinária no amor à terra, à igreja e à gente do Maranhão” e, numa linguagem teilhardiana de “construtor do reino [de Deus] aqui na Terra”. “Padre Eider marcou a história da Baixada, da igreja ” e do Maranhão”, afirmou.
Segundo Helena, Eider dedicou-se a assistir o camponês, maioria da população do município, participando dos litígios fundiários e colaborando na criação dos primeiros sindicatos de trabalhadores rurais de Viana, Penalva, Cajari e Matinha. Por isso enfrentou pressões e ameaças do regime militar.
Lembrou que a obstinação do sacerdote na luta social levou-o até a ser preso em Viana em 1980, “provavelmente por intervenção de seu próprio pastor, o bispo Dom Adalberto” (o delegado que o prendeu arbitrariamente era um pau-mandado do bispo). Dois anos depois, foi excomungado por Adalberto, sanção que somente em 1986 seria revogada. Helena afirmou que Eider "viveu a dimensão ética, social e política da fé, pugnando pela libertação do povo de Deus e como exemplo a todo o seu pastoreio dos valores da fé aliados à justiça e à paz."
“A sua partida comove não apenas os cristãos, mas toda a população de Viana para quem Monsenhor Eider foi, como pastor, exemplo de coragem e misericórdia para acontecer o reino de Deus”, disse. “A Baixada inteira chorou, a Igreja inteira chorou, o Maranhão inteiro chorou”.
Com informações da assessoria de imprensa da deputada Helena Heluy
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