sexta-feira, 30 de abril de 2010

PIADA ELEITORAL SEM GRAÇA...

Piada eleitoral sem graça: o preço pago por uma jornalista

A história registra que, na França do século XVIII, quando o Duque de Orleans vendeu metade dos cavalos das estrebarias reais, o jovem François Marie Arouet, o Voltaire, comentou que teria sido mais sensato desfazer-se de metade dos asnos que enchiam a corte real.

Depois de dois anos, exercendo o cargo de Secretária de Comunicação do Governo do Maranhão, não me tornei fazendeira, nem dona de cavalos de raças: preferi combater a asnice, submetendo-me a uma seleção para pós-graduação na USP, Universidade de São Paulo. Sou jornalista profissional, nunca exerci outra atividade em minha vida. Assim como Voltaire, após o comentário sobre o Duque de Orleans, passei a ser culpada por tudo de ruim que acontecia no reino. De Bezerra no sobrenome, passei a Boi de Piranha, embora, paradoxalmente, tenham me atribuído adjetivos mais próximos de uma feroz predadora que atacava os pobres indefesos veículos de comunicação do Estado, obrigando-os a criticar a família Sarney. Fui chamada de mensaleira, acusada de responsável pela desconstrução da imagem da então senadora Roseana Sarney, quase um gênio do mal, uma espécie de Joseph Gobbels do Governo José Reinaldo Tavares. Houve um jornalista que chegou a pedir minha prisão, com base em pedaços de papel sem nenhuma legitimidade - o mesmo, por sinal, que mandava recados me intimidando a enviar contratos publicitários para seu jornal.

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