Pressões políticas movimentam bastidores da nomeação do novo chefe do Ministério Público
A governadora Roseana Sarney (PMDB) sofre uma verdadeira pressão de bastidores desde ontem à tarde, quando saiu o resultado da eleição para o novo chefe do Ministério Público.
O vencedor da disputa foi o procurador Raimundo Nonato de Carvalho Filho.
Seria naturalmente o indicado, como pregam as próprias entidades do Ministério Público, mas há setores do governo que tentam influenciar Roseana a nomear a segunda colocada, Fátima Travassos - ou mesmo o terceiro, Francisco Barros de Souza.
Carvalho Filho chegou a ir ao Palácio dos Leões para aguardar a nomeação por parte da governadora, o que não ocorreu. Antes, a própria Fátima Travassos havia declarado que aguardaria ”o segundo turno”, numa referência direta à decisão da governadora.
De acordo com assessores do governo, Roseana já havia decidido nomear o primeiro colocado na disputa, mas ninguém esperava que Carvalho Filho vencesse de Travassos.
Se for nomeada, não é a primeira vez que a atual chefe do Ministério Público será escolhida mesmo não tendo a preferência da maioria dos colegas.
Em 2008, ela ficou apenas em terceiro lugar na disputa, mas o então governador Jackson Lago (PDT) a escolheu, em detrimento do primeiro colocado, Francisco Barros de Souza.
A campanha contra Carvalho Filho começou no final de semana, quando passaram a circular cópias de uma denúncia contra ele, referente à obra do prédio das promotorias. O objetivo era constranger promotores aliados seus e a própria governadora a não nomeá-lo.
O procurador tinha uma preocupação antes da disputa: chegar à frente de Fátima Travassos.
Ele tem adversários poderosos e influentes no governo e considerava que, chegando à frente, garantiria a nomeação por parte da governadora.
Pela movimentação de bastidores, parece que a equação não é tão simples assim…
Do blog do Marco D´Eça – imirante.com
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