segunda-feira, 24 de maio de 2010

VENCEU A TÁTICA DA TEIMOSIA

DUNGA NO ANÚNCIO DA CONVOCAÇÃO
Treino para enfrentar 450 jornalistas e vídeo de apresentação preparado por Jorginho, seu braço direito


Dunga ignora o clamor para escalar jogadores que conquistaram a simpatia dos brasileiros pelo futebol arte e, previsível, convoca uma Seleção sem craques

Há 20 anos começava a era Dunga na Seleção. Coincidentemente, desde os anos 1990 o futebol brasileiro nunca mais foi o mesmo. Mas, é bom que se diga, de lá para cá bons resultados foram conquistados. Fomos campeões mundiais duas vezes, em 1994 e 2002, e vice em 1998. Jogadores talentosos continuaram brotando por aqui – Romário, Rivaldo, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho escreveram seus nomes na história. Mas amargamos uma derrota que dói na alma de muitos torcedores e, até hoje, não tem título mundial que a faça ser esquecida: o fim do jeito brasileiro de jogar futebol. A convocação de Dunga para a Copa da África do Sul, divulgada na terça-feira 11, no Rio de Janeiro, reflete este fato.

Ao optar por deixar de fora do Mundial os jovens e hábeis Paulo Henrique Ganso e Neymar, ambos jogadores do Santos e aclamados por torcedores e pela crítica especializada, Dunga segue a tática da teimosia, que já conquistou dois Mundiais, e reza pela mesma cartilha de treinadores que insistiram em fazer o futebol brasileiro focar no resultado – nem que para isso fosse preciso passar por cima das nossas raízes, fincadas na habilidade e na alegria de jogar dos atletas. São emblemáticos os três zagueiros da equipe de Sebastião Lazaroni, de 1990, que pela primeira vez na história tentou fazer da defesa a cereja do bolo da Seleção, a ausência de um camisa 10 no meio de campo do time de Parreira, quatro anos depois, e o esquema de jogo pragmático armado por Luiz Felipe Scolari em 2002.

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