sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

"Adolf Hitler" do Nordeste sofre na internet

Vestibulando do RN sofre ofensas na web por ter nome de ditador nazista
Adolf Hitler Mendes diz que bullying virtual o motivou a mudar o nome legal.
Agressões começaram após divulgação de lista de aprovados na UFRN.

Do G1, em São Paulo 

Até os 21 anos de idade, Adolf Mendes (foto) sofreu pouco com reações de desconhecidos ao seu nome completo: Adolf Hitler Souza Mendes. Mas, desde terça-feira (13), ele afirma que vem sofrendo ofensas de desconhecidos pela internet. O problema começou quando a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) divulgou, em seu site oficial, a lista de candidatos aprovados para a segunda fase do vestibular 2012 para ciências e tecnologias. 
Vítima tanto da decisão unilateral do pai quanto da ordem alfabética, Adolf teve seu nome facilmente notado pelos internautas. Ele era o terceiro na lista de mais de 1.500 candidatos que fizeram o número mínimo de pontos na prova objetiva e, agora, aguardam a nota da redação e das questões discursivas.

O link da lista de aprovação tem sido compartilhado no Facebook e no Twitter dezenas de vezes, regado de risadas e comentários sobre os pais do garoto e o fato de ele estar colocado na 1.330ª posição.

"Tem bastante gente criticando, outras fazendo chacota, me chamando de burro, chamando meus pais de burros", afirmou Adolf ao G1.

Acostumado ao susto como primeira reação natural das pessoas ao seu nome, o jovem conta que não se incomoda em ter que explicar que não sabe o motivo do nome e que não descende de uma família de admiradores do Hitler da Alemanha.

Porém, a repercussão na internet tem sido tão negativa que a família materna decidiu procurar um advogado para mudar o nome legal de Adolf.

"Me preocupei a vida inteira por isso, sabia que um dia isso ia acontecer", disse a socióloga Maria do Perpétuo Socorro de Almeida, prima de segundo grau do garoto.

"São comentários terríveis que saem, a gente está assombrado. Não queremos publicidade, só queremos reverter a história para as pessoas entenderem que a família não é nazista. A gente não tem nada com isso, foi um erro." Leia mais aqui.

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