terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A “Meia-Noite” de Bil em Viana


 Viana - Cleinaldo Bil, vianense, tradicionalista de corpo e alma, ainda prefere chamar a ceia natalina - oficializada pelo comércio para vender produtos como chester, peru, panetone, entre outros atrativos gastronômicos natalinos – de “Meia-Noite”.

Por isso, reuniu familiares e amigos na residência dos seus saudosos pais, Carlos Lopes e Dona Irací (falecidos) para comemorar o nascimento de Jesus. Enquanto quase toda a cidade se esbaldava ao som do “rei do coladinho”, Paulinho Paixão, Bil não abriu mão do peru assado entre outros pratos, regados a cerveja, cumprindo assim a tradição de “amanhecer” para o Dia de Natal.

"Roubaram minha galinha"

Não podemos afirmar se a tradição persiste, mas, ainda na década de oitenta, o gostoso da noite de Natal em Viana - entre os jovens mais pobres - era saborear uma galinha ou um pato, de preferência "roubado" de um quintal vizinho, como prova da coragem e destreza da galera do bairro.

Todos se reuniam em um determinado local, longe dos olhares dos “fofoqueiros”. Rolava muito “goró”, brincadeiras, músicas, tudo enquanto o “ladrão” escolhido cumpria a tarefa de trazer o prato principal da “Meia-Noite”.

Se não havia amigo oculto, músicas natalinas, entre outras efemeridades do Natal de hoje, sobrava alegria, amizade, companheirismo e sempre deixava saudades, diante dos comentários do dia seguinte, principalmente as reclamações do dono da ave, surrupiada inocentemente para a “Meia Noite” do Natal dos meninos de Viana. Tempos que não voltam mais.

Confira imagens da "Meia-Noite" de Bil, em Viana. 









Fotos: Bil

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