A lógica da vitória, ou DERROTA de Rilva Luis

Clique para ampliar

Mesmo que a OPOSIÇÃO saia com quatro candidatos, se o candidato de Rilva Luis obter cerca de 30% ou 35% dos votos válidos, a vitória será da SITUAÇÃO.

O grupo político de oposição vianense tem neste final de semana uma rara oportunidade de mostrar maturidade e responsabilidade com os destinos da cidade dos lagos.

O povo aguarda ansiosamente que certas vaidades sejam postas de lado, e que os pré-candidatos atentem para o jogo democrático neste momento em que se discute “libertar” Viana de um famigerado grupo político que sangra os cofres do município há 16 anos. Será que não já chega? Será que vamos entregar mais uma vez um cheque em branco para Rilva Luis se locupletar com seus “cupinchas” por mais oito anos? Será que Viana, com 255 anos vai ficar parada no tempo, suja, esburacada, sem saúde, educação, saneamento e sem vergonha na cara?

Qual a lógica dessas desavenças de uma oposição que se junta, mas não se mistura?

Durante esta semana, analisamos o quadro político, examinamos pesquisas, ouvimos especialistas e até o povão que vota. Não existe nenhuma opinião conclusiva até o apagar das luzes do dia 30 de junho, entretanto, podemos vislumbrar dois cenários, que podem até arrepiar o leitor.

Para ilustrar melhor, postamos um infográfico (acima) com a provável situação do xadrez político. De um lado, considerando a turma que NÃO está na canoa do prefeito: Chico Gomes, Oliveira Júnior, Magrado Barros, Danielzinho, Marcone Veloso, Carrinho, Lênin Costa – sete pré-candidados, cada qual com suas qualidades, juventude e experiência política. 

De acordo com as últimas pesquisas de consumo interno – sem registro em cartório – esse grupo pode atingir entre 65% ou 70% do eleitorado, algo em torno de 28 mil votos divididos entre eles (dados aleatórios) considerando que Viana tenha algo em torno de 40 mil pessoas aptas a votar. Pois bem, considerando que a máquina municipal, mesmo com a rejeição, conserve 30% desse eleitorado, ou seja, algo em torno de 12 mil votos, o que é verdadeiramente possível, pronto: bingo! Rilva vai sorrir a toa, caso se confirme um consórcio de candidatos, dividindo o eleitorado e permitindo que o candidato palaciano tenha a maioria proporcional. Deu para entender?

Daniel diz que não abre mão de ser candidato, Oliveira Júnior, idem; Magrado Barros já tem até um vice escolhido. Marcone Veloso prega que fez bem o seu trabalho de pré-campanha na Zona Rural; Lênin se auto intitula a semente do pai, Messias Costa (falecido); Carrinho já foi vice-prefeito e secretário, mas quer ser é prefeito. E, correndo por fora, com o rolo compressor do Governo do Estado, o deputado Chico Gomes, o mais experiente do grupo oposicionista, também com o seu canhão direcionado para a o velho casarão da Praça Ozimo de Carvalho. Todos têm o direito e condições de serem candidatos, porém, o ideal que fique um só.

Um por todos. E todos por um! Difícil? Se lançarem quatro candidatos, babau!

Observemos aqui uma situação Sui generis, pois na maioria dos municípios brasileiros, geralmente são dois, no máximo três grupos políticos ou familiares, se digladiando pelo poder, como forma de manter seus negócios e a supremacia sobre as massas mais pobres.

Nesse contexto, geralmente a disputa se torna plebiscitária, ou seja, a população que coloca um grupo pode ser a mesma a tirá-lo na eleição seguinte.

Em Viana, o último candidato a disputar uma eleição com um viés ideológico, não ficou vivo para contar suas histórias aos netos: Messias Costa, em 1986, venceu sem dinheiro e sem estrutura. O seu discurso era socialista, contra a truculência adotada pelo então prefeito Danielzinho. O povo estava revoltado e insatisfeito. Fez justiça com os votos.

O atual prefeito de Viana, Rilva Luis - um neófito - é o herdeiro dessa reviravolta, mas decepcionou o povo por completo. De posse de um generoso Fundo de Participação, aprendeu como poucos a fazer politicalha: amordaçou a imprensa vianense, que sequer se limita a mostrar o que a prefeitura faz, e sim a camuflar o estado de penúria e abandono da cidade; comprou a mente de muitos espertalhões e oportunistas, que, podendo comprar sítios, fazendas, apartamentos, mansões e formar os filhos em faculdades particulares, passaram um zíper na boca e um xis no cérebro. É a tal farinha pouca, meu pirão primeiro. A cidade que se dane!

Comenta-se em Viana que Rilva tem uma folha paralela com mais de três mil pessoas, digo, VOTOS; alugou cerca de 80 carros particulares nesses últimos meses. Em contrapartida ele sonega o INSS da prefeitura, não paga uma penca de tributos federais e estaduais (inadimplência total); a cidade está um lixo e esburacada; não construiu nada; não contratou os funcionários concursados; o município está sem matadouro público; as crianças não têm merenda escolar; e ele está com todas as contas reprovadas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado). Ou seja, um político FICHA SUJA.

É RILVA LUÍS, entenda-se, e NÃO um dos seus CANDIDATOS (Zé Carlos Costa, Marcelo Santana, Zé Sá, Gerson Padilha, Ismael Abreu, Adriana Guimarães, João Geraldo) que pode GANHAR esta eleição de novo, se a OPOSIÇÃO não criar juízo até sábado, 30 de junho. Um deles pode manter o grupo no poder e esconder por mais uma década, todos os armários de corrupção implantados por quem nunca esteve preparado para administrar nossa cidade.

Essa é a realidade nua e crua! A sorte de Viana está selada. E a posição precisa encontrar uma solução de consenso, pelo bem do povo - Essa é a lógica, ou pode ser a zebra!