(Agência Assembleia)
O deputado Francisco Gomes (DEM) defendeu o apoio à
agricultura familiar como uma das principais estratégias para minimizar ou
mesmo erradicar a chamada extrema pobreza no Estado do Maranhão.
Segundo Gomes, mais de 63% da população maranhense
considerada no quadro de pobreza extrema [caracterizada com a renda familiar
per capta de R$ 70] está localizada na zona rural, onde tradicionalmente se
desenvolve a prática da agricultura familiar. No entanto, estas pessoas não
possuem o conhecimento necessário para que esta atividade se desenvolva.
“Eles usam uma tecnologia de 500 anos atrás, os nossos
índios já usavam essa tecnologia quando Cabral chegou aqui. Então, que se leve
tecnologias apropriadas que capacitem os nossos produtores, que dêem créditos a
esses produtores e assistência técnica para que possamos superar esta pobreza”,
afirmou o deputado, que mostrou dados do IBGE informando que a maior parte
dessa produção familiar se baseia no cultivo de produtos relacionados à
mandioca e ao arroz, mas que nos últimos anos diminuiu substancialmente por
fatores como esgotamento do solo e aumento no número de pragas.
Para exemplificar ainda mais esse quadro, o parlamentar
comparou a produtividade local com a de outros Estados. Segundo ele, no
Maranhão se produz sete toneladas de mandioca a cada hectare, enquanto que no
Piauí esse número chega a dez, no Pará a 16 e no Tocantins a 18 toneladas.
“Será que temos que diversificar a nossa agricultura
familiar, na produção da agricultura familiar, ou se elevarmos esses índices da
produção de mandioca mesmo, nós não elevaremos a renda desta população, e
muito? Nós sabemos, temos tecnologia e experiência feita de que podemos
multiplicar por três essa produtividade que temos hoje no Maranhão, num curto
espaço de tempo. Basta a vontade política para que possamos carrear e colocar
os recursos necessários para que esses produtores sejam capacitados”, defendeu
Francisco Gomes.
Em aparte, o deputado Carlos Alberto Milhomem apoiou a tese
de Francisco Gomes, no entanto ressaltou a importância de se construir uma
infraestrutura que seja capaz de transportar essa produção, seja ela por via
terrestre ou aquaviária.
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