segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Desliga o som! Prefeitura e Polícia Militar acabam com o “ringue dos paredões de som" no Parque Dilú Melo, em Viana


Duelo de paredões atormenta frequentadores do Parque Dilú Melo, em Viana
Viana – Ninguém aguentava mais. E, desta vez, ninguém foi reclamar para o bispo. Pelo contrário, o bispo de Viana, Dom Sebastião Lima Duarte foi quem reclamou publicamente que comumente estava interrompendo as missas e pregações aos seus fiéis devido ao estrepitoso volume de decibéis dos paredões de uma meia dúzia de "playzinhos, filhinhos de papai", que frequentam o Parque Dilú Melo – única opção de lazer da zona urbana de Viana.  
Funcionário da prefeitura fixa cartaz educativo no local
Naquele logradouro público, todos os dias, ninguém conseguia mais conversar ou ter sequer um minuto de sossego. E o pior de tudo: o problema era de conhecimento de todos os poderes constituídos da cidade. A Polícia militar e a Guarda Municipal passavam pelo local e ao que parece, faziam “ouvidos de mercador”.


Porém, na última sexta-feira (12), uma ação conjunta da Prefeitura de Viana envolvendo a Secretaria de Meio Ambiente , a Policia Militar, Guarda Municipal e a Associação de donos de Bares do Parque Dilú Melo, resgatou a paz e tranquilidade do parque, citando uma Lei Municipal 246/10.

E, desta vez os moradores e frequentadores botam fé, pois a frente da campanha educativa está o Major Ferreira, comandante da 13ª Companhia Independente de Viana, temido pelos infratores, pois com ele, escreveu não leu, o pau comeu
Major Ferreira comandou pessoalmente a operação para proibir sons automotivos no parque Dilú Melo
Donos de bares conversam com funcionário municipal
Falta de respeito 

No dia sete de setembro deste ano, nossa reportagem flagrou um grupo de conterrâneos revoltados na área do parque. Acontece que eles eram ex-estudantes do Colégio Antonio Lopes (hoje, José Pereira Gomes) que foram convidados para integrarem a banda marcial da escola durante o desfile. No final do evento, se dirigiram ao Areial para curtirem a paisagem, matar a saudade e, tentaram em vão tocar seus instrumentos com músicas tradicionais e bem ao gosto da maioria das famílias que frequentam o local. Perda de tempo. Dois potentes paredões foram acionados por controle remoto, com repertório de dar ânsia de vômito, e acabou com as pretensões dos visitantes. 

“Estou decepcionado e revoltado. Gostaria de saber a quem recorrer, pois isso aqui virou terra de ninguém. Não podemos mais frequentar a nossa cidade com nossos amigos e convidados, nem ter liberdade de escolha, pois esses paredões não deixam ninguém conversar, nem ouvir músicas de qualidade com altura adequada para todos se comunicarem. É muita falta de respeito”, reclamou o cirurgião dentista Emerson Cutrim, vianense que reside em São Luís. Outro frequentador também estava muito revoltado com a situação e, segundo ele, a nossa maior expoente popular, Dilú Melo, cujo nome representa o parque, devia estar se revirando no túmulo com tanta bagunça.

Bom, agora com a paz e tranquilidade reinando no local, vamos torcer também para que o parque seja recuperado em sua estrutura física e que os poderes públicos lembrem que esta área de lazer é importante para as famílias e as crianças vianenses.

Estamos em um país livre e democrático, com direito de ir e vir, porém, como diz a frase cívica “o direito de um começa onde termina o do outro. Já era tempo!

Um comentário:

Unknown disse...

A ideia inicial do Parque Dilú Melo era para a realização de eventos culturais. Uma das principais comemorações era o aniversário da Cidade e agora deixou ser o Festival do Peixe. O Festival do Peixe era lindo até anos de 1996, quando era realizado pela Colonia de Pescadores, onde cada associado tinha uma "barraca" com nome de peixes locais. Chegou o Governo e "presenteou" Viana com o Parque Dilú Melo que deixou de ser Areal. Os associados de início, que ganharam a nova estrutura, venderam - agora Bares - pois tinham outras fontes de renda, que questionados falavam "não preciso disso", logo se tornava Conjunto Habitacional que hoje existe. Muitos com "grana" conseguiram descaracterizar e destruir o que já não era belo. A Cidade de Viana nunca possuiu nada voltado ao lazer, por iniciativa pública que possui verba pra isso, nem por iniciativa privada que já não dispõe de verba, para a população independente de gostos ou costumes. Alguns moradores do Conjunto Habitacional Dilú Melo por falta de emprego resolvem "aproveitar" a estrutura abrir "bares" na frente de suas residências. Sem conhecimento, sem experiência, esses moradores dão início a um ramo de atividade sem prosperidade e que não oferecem os produtos e serviços básicos para o correto funcionamento. Assim como foi construída essa imensa estrutura com dinheiro público, o Governo tem por obrigação treinar e capacitar os beneficiados no processo. Ao iniciar qualquer atividade o empresário tem que adquirir conhecimento suficiente para prestar um serviço de qualidade aos seus clientes. Realidade do local, se vendem cerveja não vendem petiscos, se vendem petiscos não vendem refrigerantes, se vendem água não possuem copos... Toda sociedade sem informação, sem fiscalização, sem normas, sem imposições acontece o que hoje vemos, não só em Viana, mas em nosso País, que não educa o suficiente para que depois seja feita as cobranças, não adianta cobrar de quem não foi instruído. Eu sou exemplo do que hoje falo e que não cometo mais erros absurdos que antes cometia e peço desculpas aos que foram incomodados, pois possuía um veículo que poderia ser vendido para pagar as multas das irregularidades na estrutura externa e som não regulamentado por lei. A principal justificativa para o que fazem hoje nesse local é falta de opção de lazer, que se inicia dentro de nossas casas, que muitos de nós não recebemos remunerações suficientemente para adquirir itens que possam nos proporcionar o conforto merecido em relação ao trabalho desenvolvido. Às Autoridades, revejam as cobranças, levem conhecimento a sociedade em geral, suficiente para fazê-las. As orações pedem uma sociedade com mais paz e harmonia entre os que dividem o mesmo espaço.