Dois detentos receberam o equipamento nessa quinta-feira
(30). Segundo a Sejap, 135 tornozeleiras serão utilizadas inicialmente.
Do G1 MA
Dois presos receberam equipamento na quinta-feira (30) (Foto: Divulgação / CGJ-MA) |
Os presos provisórios de São Luís passarão a usar
tornozeleiras provisórias. Dois detentos assinaram termo de aceitação e de
compromisso para uso do aparelho nessa quinta-feira (30), em audiência
realizada no Fórum Desembargador Sarney Costa, na capital maranhense. A
informação foi divulgada pela Corregedoria Geral de Justiça do Maranhão
(CGJ-MA)nesta sexta-feira (31).
A iniciativa integra as ações do Comitê de Gestão Integrada,
criado em janeiro para combater a crise no sistema penitenciário do estado. De
acordo com informações da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciaria
do maranhão (Sejap-MA), serão utilizadas 135 tornozeleiras inicialmente. A
Central de Inquéritos de São Luís foi a primeira unidade judicial a receber o
dispositivo. As próximas unidades serão a 1ª e 2ª Vara de Execuções Penais de
São Luís e a Vara de Violência Contra a Mulher.
Segundo a CGJ-MA, a medida, considerada uma alternativa à
pena privativa de liberdade e objetiva a diminuição da população carcerária, é
voltada para presos detentos que cometeram crimes de menor potencial ofensivo.
Uma Central de Monitoramento foi instalada na Sejap. As
tornozeleiras contam com dispositivo eletrônico que permite acompanhar o
trajeto do portador. Caso haja descumprimento dos termos, como, por exemplo, o
detento ultrapassar o limite geográfico ou fazer rotas diferentes das
estabelecidas, um sinal é enviado para a central. O fato ser imediatamente
comunicado ao juiz responsável pelo réu, que expedirá uma ordem de prisão a ser
cumprida em uma unidade prisional.
Os réus que cumprem a medida, também chamada de prisão
domiciliar, ainda são acompanhados por uma equipe multidisciplinar do Núcleo de
Monitoramento de Egressos (Numeg) da Sejap, que fazem visitas periódicas ao
monitorado.
Segundo o coordenador executivo da Unidade de Monitoramento
do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça, Ariston Apoliano, além da
diminuição da população carcerária a tecnologia diminui os gastos com o sistema
prisional. Ele explicou que cada réu monitorado tem um custo mensal de R$
250,00, enquanto que, na unidade prisional, oesse custo sobe para cerca de R$
3.000,00 por preso.
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