quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Fernando Furtado é apenas um bravateiro



Vamos admitir que o deputado estadual Fernando Furtado (PCdoB) estivesse de fato representando o governador Flávio Dino, também do PCdoB. na audiência pública com produtores rurais em São João do Caru, no último final de semana. Sendo assim, seria o chefe do executivo maranhense responsável por tudo o que o parlamentar disse durante o evento? É correto considerar que a verborragia do parlamentar reflete a concepção política do governador?

É claro que não!

Fernando Furtado está muito longe de ser um comunista, não importando quem defenda ou combata essa ideologia. Talvez nunca tenha sequer ouvido falar em pensadores com Marx, Engels e Lênin, e, se ouviu, entendeu bulhufas do que disseram.

O parlamentar é produto da decisão do PCdoB em abrir a ‘porteira’ do partido para dar um verniz de massa a uma organização política que é essencialmente de quadros. O risco dessa flexibilização em receber filiados de todo que é natureza é aparecer gente tipo Fernando Furtado.

Quanto ao ocorrido na já histórica audiência pública em São João do Caru, não é correto responsabilizar o governador pelas loucuras ditas pelo parlamentar. Até porque Flávio Dino já assegurou que o “chapaleiro” não estava representando-o no evento. O que deve ter ocorrido foi uma bravata de Furtado que, querendo tirar onda de “deputado do governador”, informou aos presentes que estava no local em nome de Dino.

“Mas, a Faema confirmou que o Fernando Furtado estava representando o governador Flávio Dino”, pode rebater um leitor do blog ligado no assunto.

De fato, a Faema [Federação da Agricultura do Estado do Maranhão] chegou a noticiar no seu site que Furtado estava em missão oficial pelo Palácio dos Leões na audiência pública, talvez embalada pela bravata do deputado. Mas, para engrossar o imbróglio, a entidade “agro-familiar” resolveu retirar a matéria do ar. Aí é gostar de confusão…

Concluo parodiando Caetano Veloso para expressar o que ocorre no governo Flávio atualmente:

“Alguma está fora da ordem/Fora da nova ordem estadual…”


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