quarta-feira, 7 de julho de 2010

REFLEXÕES SOBRE O ANIVERSÁRIO DE VIANA

A nossa velha Viana de guerra está completando 253 anos. São mais de dois séculos e meio de história. Muito tempo de estrada e muito pouco para comemorar. O Blog Vianensidades, sempre atento ao progresso e o desenvolvimento da Cidade dos Lagos, posta dois artigos, um do acadêmico da AVL, Heitor Piedade, e outro do jornalista Luiz Antonio Morais que, embora já publicados, se mantem atuais pelas circunstâncias e pela morosidade dos acontecimentos que poderiam proporcionar uma nova realidade de prosperidade e maiores esperanças para o presente e o futuro da nossa terra. Boa leitura.


Foto: Luiz Alexandre Raposo


Viana e seu novo renascer

Heitor Piedade Júnior*

Toda vez que reflito sobre a história cultural de nossa querida Viana, vem-me à mente a lenda de Fênix. Como sabido, cuida-se de um mito da história de uma ave fabulosa que, segundo a tradição egípcia, depois de viver mais de duzentos anos um apogeu de glória, deixou-se arder em um braseiro, durante longa fase de sua vida, queimando-se num fogo misterioso, até transformar-se num monte de cinzas.
Todavia, depois de algum tempo, retornou de suas próprias cinzas, para se tornar um novo e florescente ser em sua misteriosa fauna..

Tem-se o testemunho de um passado, reconhecidamente de esplendor, marcado pela excelência de personalidades que registraram época de muito orgulho para todos nós. Época em que vicejaram artes literárias, cênicas, plásticas, personificadas por figuras que enalteceram não apenas a história de Viana, mas de todo o Maranhão, repercutindo-se essa aura por todo o país.

Leia artigo completo AQUI.



Foto: Luiz Alexandre Raposo

Viana, 250 anos - passado, presente e futuro

Luiz Antonio Morais*

No final dos anos setenta, na pré-adolescência, como moleque que gostava de rua, eu já desbravava os quatro cantos da centenária “Rainha da Baixada Maranhense”, minha terra natal. “Rica pérola engastada nos adornos do Brasil", como diz o hino vianense, Viana é uma cidade abençoada pela natureza, mas foi esquecida e abandonada pelo poder público.

Entretanto, parece que éramos felizes e não sabíamos. No romantismo que vivíamos, tínhamos uma herança cultural das mais pujantes do Estado. Uma história rica e ilustrada por casarios revestidos com legítimos azulejos portugueses e forte cultura popular (entre elas, o Bumba-meu-boi, o Baile de São Gonçalo, festas religiosas etc,). Tínhamos também uma educação rígida, aplicada no ensino de muitas disciplinas por professores locais de alto gabarito, além de padres evangelizadores, procedentes do exterior, assim como os primeiros jesuítas, ansiosos para viverem a aventura de pregar em uma terra distante e alheia. Sem esquecer do romantismo das serestas nas noites de lua, regadas a violão e goles de pinga. Tudo ainda pulsava compassadamente, no acalanto das histórias contadas pelos idosos.

Ainda podíamos correr e nos esconder nas matas fechadas do "Quebra-Coco” e do “Areal”; caçar passarinhos com gaiolas e alçapões de talo verde de pindoba, na ilha de Sacoã; empinar papagaios nos meses de forte ventania; tomar banho na beira do lago, sem risco da poluição e do lixo jogado, hoje, criminosamente, e também, por ignorância, nas águas do Maracu.

Leia artigo completo AQUI.

Nenhum comentário: