Do G1 MA
A Polícia Federal gravou várias conversas telefônicas em que
deputados federais conversam com o doleiro Fayed Treboulsi, apontado pelos
investigadores como chefe da quadrilha que aliciava prefeitos para o desvio de
dinheiro de fundos de pensão municipais. O inquérito que investiga o caso vai
ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal, por causa do foro privilegiado de
parlamentares federais têm.
O Bom Dia Brasil teve acesso a gravações feitas com
autorização da Justiça, nas quais o deputado Waldir Maranhão (PP-MA) convida
para a casa dele doleiro Fayed. “Marquei com ele terça-feira um outro encontro
lá em casa, à noite”, diz o deputado durante conversa com o doleiro.
Fayed questiona: “lá em casa onde, aqui ou lá? Aqui em
Brasília?”. E o deputado responde: “É. Aqui no meu apartamento”. O doleiro
encerra a conversa dizendo: “então beleza. Tamu junto (sic)”.
Abordado nos corredores do Congresso, o deputado Waldir
Maranhão negou qualquer telefone ou relação com o doleiro. “Nunca tive contato.
Em absoluto”, disse.
A Polícia Federal gravou dezenas de conversas em que
aparecem parlamentares conversando com Fayed, por isso, o desembargador Cândido
Ribeiro, do Tribunal Regional Federal, da 1ª Região, decidiu enviar o caso ao
STF, que agora vai analisar se há elementos suficientes para investigar os
parlamentares.
Além do parlamentar maranhense, também foram investigados
Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Eduardo Gomes (PSDB-TO). Maranhão afirmou que nunca
teve contato com o doleiro Fayed Treboulsi, apontado pela PF como chefe do
esquema. Os outros dois deputados federais negaram vínculo com fraudes.
Em um dos diálogos, Eduardo Gomes conversa com o doleiro
para marcar encontro com um prefeito. Ainda conforme a PF, uma agenda de Fayed
apreendida traz anotações de valores ao lado de Eduardo Gomes: R$ 60 mil, R$
250 mil e R$ 100 mil. A PF, porém, não informa do que se tratam os valores.
Veja aqui.
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