Está na Bíblia, livro de Lucas (18, 15-17): “Trouxeram-lhe também criancinhas, para que ele as tocasse.”
Esse toque de Jesus está relacionado à pureza das crianças, critério indispensável para entrar no Reino de Deus.
Continua Lucas: “Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas.”
“Em verdade vos declaro: quem não receber o Reino de Deus como uma criancinha, nele não entrará.”
Ocorre que alguns pastores corromperam a palavra sagrada e tocam as crianças de outra forma, inversa à abordagem de Jesus.
As denúncias chegadas à CPI da Pedofilia no Maranhão trouxeram à tona o caso do pastor Pedro Paulo Costa, da Igreja da Amazônia, em Carutapera, que teria violentado a própria sobrinha de 12 anos.
A proliferação de igrejas evangélicas sem nenhum critério gerou esses pastores de esquina, com suas igrejas caça-níquel, prometendo salvação por qualquer trocado.
Expandem em franquias as grandes igrejas localizadas no eixo centro-sul do Brasil, à imagem e semelhança das financeiras e bancos de empréstimo espalhadas nos bairros de todas as cidades.
Algumas igrejas evangélicas viraram negócio como outro qualquer, destacando um novo agente na rede de micro-poder: a figura do pastor.
Imbuídos do status de porta-voz do divino, estes pastores assediam as fiéis e as obreiras, casadas ou solteiras, na maior facilidade.
Outros, degenerados, encontram na fragilidade das crianças o melhor caminho para chegar ao reino da satisfação.
Eles enriquecem rapidamente, controlam partidos políticos e influenciam eleições, assediam as seguidoras, engravidam e mandam abortar, silenciam as vítimas com dinheiro, corrompem, adulteram e riem à vontade.
Tudo isso em nome de Jesus.
Pescado do blog do Ed Wilson
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