sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Cartório em Vitória do Mearim estaria envolvido em fraude


SÃO LUÍS - O delegado Carlos Alberto Damasceno que preside o inquérito da morte do empresário Marggion Laniere Ferreira estará hoje na cidade de Vitória do Mearim, onde analisará documentos de um cartório daquela cidade que foram encontrados nas residências do corretor de imóveis Elias Orlando Nunes Filho e do vereador de Paço do Lumiar, Júnior Mojó.

Segundo o delegado, são dezenas de escrituras de terenos localizados na região do Aragaçi e que teriam sido legalizados em um cartório de Vitória do Mearim.

- Quando nós fizemos as apreensões na residência dele [Júnior Mojó] nós encontramos diversos documentos da mesma lavra, da mesma qualidade de fraude dentro da casa dele, dentro do computador, dentro dos documentos que foram apreendidos em pastas de registro de imóveis muitos dessas documentações são inscrituras públicas produzidas no cartório de Vitória do Mearim. Eles tinham uma área aqui que eles queriam dar alguma legalidade através de um documento falso e eu viajava lá em Vitória do Mearim e é isto o que nós vamos verificar porque é muito estranho, o preço é tabelado e poderia usar qualquer cartório em São Luís e não é só uma não, nós temos dezenas de escrituras que foram produzidas naquele cartório em que você vê o documento apresentado, o documento apreendido é uma escritura pública – disse.

O delegado Damasceno explicou em entrevista ao repórter Domingos Ribeiro, no Rádio Patrulha da Mirante AM que as escrituras dos terremos apresentam uma numeração que no registro no livro do cartório correspondem a outros ítens, como por exemplo divórcios.

- Quando você manda checar no cartório, folhas tais, do livro tal, o que é que tem aí? Ah, aqui é um divórcio. Então eles usaram uma numeração do cartório e não se sabe aí se com a conivência de algum serventuário daquele cartório. São documentos assinados e eu deverei viajar na data de amanhã a Vitória do Mearim para exatamente verificar essas assinaturas desses documentos, se elas são do Tabelião de lá e se aquelas pessoas compareceram efetivamente àquele cartório para produzirem aqueles documentos – finalizou.

Blog do Zeca Soares (Foto: Paulo de Tarso Jr.)

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