terça-feira, 19 de junho de 2012

Ministério Público investigará gestores envolvidos com agiotas

Promotores do Gaeco analisarão denúncias de improbidade administrativa.
Medida faz parte de investigações do assassinato de Décio Sá.

Do G1 MA

Os crimes de agiotagem, extorsão, entre outros, que teriam sido cometidos pela quadrilha suspeita de participar da morte do jornalista Décio Sá, serão investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPMA). Os promotores de justiça suspeitam que muitos políticos no Estado seriam ligados aos presos, tendo cometido atos de improbidade administrativa.

As investigações foram confirmadas através de nota oficial divulgada nesta segunda-feira (18) pelo MPE. Desde 24 de abril, três promotores foram designados para acompanhar as investigações que levaram às prisões dos autores e mandantes do assassinato.

No entanto, as investigações levaram a outros crimes, como o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, afirmou durante a entrevista coletiva onde os suspeitos foram apresentados. “É importante salientar que essa investigação está apenas começando. O ponto inicial está esclarecido com a confissão do Jonathan. Em função dela foi descoberta uma verdadeira organização criminosa que é um verdadeiro câncer para a sociedade maranhense, atuando no desvio principalmente de recursos públicos, agiotagens e extorsões. Alguns destes crimes não são de nossa alçada e com certeza encaminharemos estas informações para a Polícia Federal”, disse Mendes, que informou ainda que em poder do ‘consórcio’ foram encontrados talonários, notas de empenhos de prefeituras, entre outros documentos.

Após a prisão dos supostos envolvidos no crime, o Ministério Público passou a investigar as ligações da quadrilha com gestores de todo o Estado.

A procuradora-geral, Regina Rocha, informou ao G1 que designou dois promotores para o acompanhamento do caso. "Quanto à morte do Décio, já sabemos como ocorreu. Agora, eles estão investigando as circunstâncias e o que está por trás disso tudo. Por enquanto não posso adiantar nada, mas o Ministério Público, através do Gaeco, que é o orgão especializado para isso, continua nas investigações. O Ministério Público sempre vai estar presente nestas situações", finalizou.

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