Peixes têm pouca gordura saturada e fazem bem para a saúde
do coração
O peixe é uma proteína de excelente qualidade com o
benefício ainda de ser uma carne magra. Comparado à carne bovina, suína e ao
frango, é o que tem o menor teor de gordura saturada e, por isso, traz muitos
benefícios para o coração, como explicou o cardiologista e nutrólogo Daniel
Magnoni.
Outra vantagem dos peixes é que eles têm ômega 3, uma gordura
boa que ajuda até mesmo na prevenção de doenças cardiovasculares. No Brasil, os
tipos que mais têm essa substância são a sardinha, o peixe filhote e a pescada
amarela, como mostrou o cardiologista Daniel Magnoni. No caso da sardinha,
existem três maneiras de consumo: em óleo, que tem gorduras boas; na água, que
tem menos calorias; e no molho de tomate, rica em fibras e antioxidantes.Para
quem está de dieta, optar pela sardinha em óleo ou até mesmo pelo atum é uma
maneira de ingerir gordura poli-insaturada (se for óleo de soja) e
monoinsaturada (se for óleo de oliva), que também fazem bem para a saúde, se
consumidas na quantidade adequada.
Já o salmão, um dos tipos mais consumidos no país, não tem a
mesma quantidade de ômega 3 da sardinha, por exemplo, já que é uma truta criada
em cativeiro e colorida artificialmente – alguns criadores dão ração
enriquecida com ômega 3, mas não tem a mesma absorção, segundo o médico. No
hemisfério norte, por outro lado, o salmão tem muito ômega 3 porque se alimenta
de um outro peixe azul que ingere uma alga específica com grande quantidade
dessa gordura. Os esquimós, por exemplo, comem esse salmão e apresentam maiores
benefícios à saúde.
É preciso tomar cuidado com a forma de preparo – os
empanados e fritos, apesar de serem os mais irresistíveis, são os mais nocivos
à saúde já que levam farinha, ovo e muita gordura. Além disso, as frituras
geralmente são muito calóricas – um filé de peixe de 120 gramas, por exemplo,
chega a ter 360 calorias. Por isso, os grelhados, assados e cozidos são as
melhores opções e, além de serem mais saudáveis, podem ser saborosos. Nas
preparações feitas pelo chefe de cozinha, o limão foi muito utilizado – muita
gente acha que o limão faz a gordura derreter dentro e fora do corpo, mas como
explicou o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui, isso é um mito.
De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui,
se a pessoa engole uma espinha, ela geralmente passa pelos órgãos em uma
posição vertical e sai nas fezes sem nenhum dano. Mas há o risco, mesmo
pequeno, de ocorrer a perfuração de algum órgão, geralmente o esôfago ou
intestino, e causar uma infecção – nesses casos, o tratamento é cirúrgico.
Por isso, o paciente que engole uma espinha mais dura deve
procurar um médico para fazer uma endoscopia, principalmente se sentir algum
desconforto logo depois. Se for uma espinha pequena, mais mole, só é preciso
buscar ajuda se houver algum incômodo.
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