quinta-feira, 7 de maio de 2015

Agiotagem e miséria política no Maranhão


Marca da pobreza no Maranhão, casa de palha é comum em Marajá do Sena


Marajá do Sena, uma das cidades mais miseráveis do Brasil, é o símbolo da miséria política do Maranhão.

O município ganhou as manchetes após a prisão do contador e do ex-prefeito, acusados de agiotagem.

Entre os presos está ainda “Pacovan”. Nos bastidores da política, “Pacovan” é uma espécie de senha quando se fala em dinheiro para financiar eleições.

O crime de agiotagem faz parte da cultura política do Maranhão, enraizado em quase todas as prefeituras, nas médias e pequenas cidades.

A própria Câmara dos Vereadores de São Luís também é fartamente noticiada sobre a prática de agiotagem, com dinheiro tomado junto ao Bradesco.

É comum também o trânsito de agiotas no financiamento das campanhas proporcionais e majoritárias.

As prisões efetuadas pela Secretaria de Segurança são o primeiro passo de uma longa caminhada para reduzir a rede criminosa que domina as prefeituras e estende seus tentáculos às câmaras de vereadores e à Assembleia Legislativa.

No Maranhão pobre, os recursos públicos que deveriam ser investidos em educação, saúde e infra-estrutura são gerenciados pelos agiotas.

De todos os crimes praticados nas prefeituras, a agiotagem é o mais cruel, porque tira as crianças das escolas, desvia dinheiro da saúde e deixa um rastro de destruição nas nossas cidades.

O governo Flávio Dino (PCdoB) prometeu guerra aos agiotas e deu o primeiro tiro.

A batalha só começou.

As investigações precisam chegar à Câmara de Vereadores de São Luís.

Se ficar apenas nos prefeitos, não surtirá o efeito esperado.

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