Especialistas em copismo na imprensa analisaram a reportagem
publicada por The Economist no dia 2 de janeiro, e destacaram que, ao colocar o
Brasil em sua capa, vê-se claramente que esse jornal dá a importância que nós
merecemos.
Afinal, é mais fácil falar do Brasil do que falar sobre quem
matou Lady Di, ou falar por que o Palácio de Buckingham está com goteiras. É
mais fácil falar do Brasil do que falar de um país que vende sua cidadania por
2 milhões de libras. País que vende sua cidadania é um país que deveria se
envergonhar, não do mundo, mas dos seus cidadãos.
Um cidadão que nasce, trabalha, dá o seu suor, presta
serviço militar, e tem gerações que sofreram com guerras possui, em sua pátria,
o mesmo direito de estrangeiros que, com quantias miseráveis do butim de seus
pais – muitas vezes ditadores assassinos ou empreiteiros que quebraram a nação
– pagam pela cidadania. Aliás, pagam para ter a mesma cidadania do país que tem
uma revista como esta, que se dá ao luxo de, sem olhar no espelho, agredir e
fomentar a desestabilização social de países que não vendem cidadanias, nem
permitem que marginais de outros países vivam aqui.
Quando um marginal estrangeiro viveu aqui, como foi o caso
de Ronald Biggs, só não foi repatriado por falta de documentos internacionais.
Vivia fiscalizado pela lei e pela polícia, mas não comprou a cidadania
brasileira com o produto do roubo do trem pagador.
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