segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Peixadas do Carnaval - notas rápidas

DE BRAÇOS OU PERNAS ABERTAS?
Uma faixa - "Ribamar Alves Santa Inês te espera de braços abertos" - está gerando muitos comentários. Alguns acham que os(as) manifestantes deveriam escrever : "Ribamar Pezão te espero de pernas abertas". Tem gente para tudo. Ninguém esconde a cara. Todos estão sendo alvos de muitas piadas. Mas o número de manifestantes favoráveis ao ainda prefeito Ribamar Alves não chegou a 12. Imagina se dá 24? (Blog do Cezar Belo).

DEFUNTO SEM VELÓRIO

Marrapá, “Os indignados” não aparecerem no velório do carnaval de Viana na Praça de São Benedito. Como não teve público, postaram no Blog do John Cutrim apenas a foto do caixão, a morte em pessoa e um coveiro, rindo não se sabe de quê (veja aqui).  Bacurau comeu a manifestação depois que os vianenses descobriram que a conhecida dupla de políticos Tatu & Peba estavam por trás, patrocinando trio elétrico e a cachaça, principal e manjada moeda deles de comprar votos. Não deu outra. O jeito foi enterrar o caixão por lá mesmo por falta viúvas que choram por onde sentem saudades...ô gente pé fria – até a morte correu! 

OUTROS CARNAVAIS 

Essa não é a primeira vez que os vianenses se insurgem contra uma administração pela não realização do carnaval, uma tradição  sempre cobrada aos gestores da Cidade dos Lagos. O ex-prefeito, Messias Costa (1997 a 2004) socialista de carteirinha, priorizava os salários do funcionalismo municipal, os moradores da Zona Rural e a construção de escolas, dando de ombros ao carnaval. Os vianenses brincavam o carnaval na vizinha Penalva, que estava bombando na época com várias bandas de fora. Em 2001, se não me falha a memória, um grupo de jovens idealistas, a maioria residente em São Luís, resolveu protestar e também fez um enterro simbólico do carnaval vianense.

A DÍVIDA DO CAIXÃO

Para a empreitada, compraram um caixão fiado de uma conhecida funerária, na Praça da Matriz. Talvez a dona nem tomara conhecimento do uso sinistro da urna funerária. Foi um protesto pacífico, com muita adesão, sorrisos e brincadeiras. Nenhum político se intrometeu querendo tirar proveito da situação. Tampouco o prefeito Messias levou a sério. O problema foi na hora de pagar o caixão, que foi queimado na manifestação. Lisos do carnaval, os fiadores tiveram que fazer uma vaquinha e pagar o objeto, sem nenhum centavo de desconto, para brava dona da funerária. Rárárá. No ano seguinte, com a decadência dos clubes de Viana, o prefeito Messias finalmente se rendeu ao carnaval de passarela, que começou muito tímido, mas, na gestão seguinte, ao custo de muito abandono das escolas, dos postos de saúde e muito buracos na malha viária da cidade, ganhou ares de espetáculo. Mas isso é uma outra história... 

ATÉ DONA ZECA ESCAFEDEU-SE!
Na Cidade dos Lagos, durante a folia de momo, ninguém sabe, ninguém viu a popular fundadora e rainha vitalícia do animado Bloco Laranjeira do Meu Quintal: a esfuziante Dona Zeca. Dizem as más línguas que ela pode ter recolhido o seu vasto rebanho, digo, suas inúmeras laranjeiras para algum Retiro ou Rebanhão, desses entocados aonde ninguém brinca o profano carnaval, indignada por ser privada de mostrar o seu glamour, sua sensualidade e seus talentos, depois de sair de forma triunfal de dentro de uma purpurinada laranja, com fumaça de gelo seco, aplaudida e saudada pela multidão. Tudo bem, Dona Zeca, se as condições econômicas ajudarem, no próximo carnaval teremos a sua insubstituível presença na avenida, para a nossa alegria.

FUNDO DE QUINTAL

Sem carnaval de passarela, os vianenses fizeram a folia em alguns clubes e também no velho e bom quintal. Foi churrasco, feijoada e grogue pra todo lado. O quintal da residência da família Lopes ficou pequeno para a multidão que compareceu no domingo de carnaval para o tradicional “Encontro dos Amigos de Bil” que mais uma vez teve animação da banda CiskSom, de Branco de Lulu, vocal de Emílio Morais e uma afinada galera jovem que agitou a galera com as antigas marchinhas de racha buchecha.

CARNAVAL NO SÍTIO 

Amaurí de Lolô também reuniu uma rapaziada no seu acolhedor sítio, na Enseada de Belo, com muito chope gelado e boas conversas para relembrar os velhos tempos.

NA RUA DA PONTA

Chico Serra cancelou a sua famosa “feijoada light” em homenagem ao amigo Pará, mas comandou uma bandinha da Rua da Ponta, com muitas marchinhas e muita maisena. Alegria geral.

FEIJOADA DOS LAGOS

O suplente de deputado federal, Laércio Costa e o ex-prefeito Benito Filho também foram anfitriões de uma abastecida feijoada, as margens do Lago de Viana, com vista para a ilha Sacoã. Por lá passaram muitos amigos e políticos, na segunda feira de carnaval.

MURIÇOCAS

O “Bloco Muriçocas da Matriz” manteve a tradição de foliões da família Soeiro, na Travessa do Socorro, atraindo a comunidade e confraternizando com muitos amigos. Zé Raimundo Soeiro, pela (perdi a conta) repetiu sua fantasia de marinheiro, mas não escapou da nossa reportagem. Acho que dessa vez chegou a Almirante, não é Zé?

CARNAMATRIZ

Organizado por Nonato Morais, a comunidade que integra o grupo de teatro de rua “Pastor a Caminho de Belém” enfeitaram a Rua Dom Hélio Campos, na Praça da Matriz, para uma divertida brincadeira de carnaval, com vendas de mocotó e refrigerantes, cuja renda será revertida para atividades do grupo.


BAILE DO CONFETE

Um grande baile que reuniu muita gente bonita. O Baile do Confete se consolida como uma das maiores atrações do carnaval da Baixada. A produção caprichada de Marcone e Suely Veloso, um local adequado na MA-014, contribuíram mais uma vez para o sucesso da festa.



Nélio Júnior e família no baile do Confete.Acima, com Luiz Morais
CARNAVIANA

A numerosa famíia Cutrim também se encarregou de não deixar a peteca cair e engatou um dia atrás do outro o Carnaviana, no Cantinho do Gêgê, atraindo centenas de foliões para dançar o tradicional carnaval de marchinhas. O evento é organizado todos os anos por Gracinha Cutrim e seu marido, Furtado Magnata.

BAILE DE MÁSCARAS

O Grêmio Cultural Vianense reviveu seus grandes dias de carnaval ao receber o III Baile de Máscaras, produzido por Dirce Costa e Rosa Bastos. Uma bela decoração, ótima banda e a proximidade, atraíram centenas de vianenses, muitos residentes em São Luís, que aproveitaram para matar a saudade do clube que reunia a sociedade vianense até o final dos anos oitenta. Sucesso total.























PARQUE DILÚ MELO

Mais uma vez, os barraqueiros do Parque Dilú Melo mostraram desunião e absorveram aquela velha máxima muito conhecida em Viana: “só querem o venha a nós!”. Proprietários ou locatários de uma área privilegiada, com bares, banheiros, iluminação e uma vista paradisíaca para o lago, sempre esperam de mãos e bocas abertas a benevolência da prefeitura. Na ausência desta, por motivos econômicos, este ano deixaram de faturar, aproveitando a área com alguma atração que mantivesse atiçados os milhares de foliões que sempre visitam Viana no período de carnaval, chova ou faça sol: com prefeito A ou prefeito B.

POLUIÇÃO SONORA                     

Para piorar, a Guarda Municipal e a Polícia Militar - praticamente ausentes -, não inibiram a bagunça de carros tunados, um colado no outro, cada qual querendo mostrar potência maior. O que se viu (até porque não dava pra OUVIR nada) foi uma tremenda poluição sonora de músicas de gostos duvidosos, menos de carnaval. Ninguém conseguia conversar ou transitar no parque. E quem se aventurou, deu meia volta. Lamentável!

PÃO E CIRCO

A cidade de Pedro do Rosário, município desmembrado de Viana, possui o quarto pior IDH do Brasil. Mas, os seus governantes se orgulham e espalham em Blogs que realizaram um grande carnaval este ano. No pobre município falta de tudo: educação, saúde, água potável, asfalto nas ruas, etc... Lembrou um pouco uma recente administração vianense. Dezenas de escolas de taipa e barro, postos de saúde caindo aos pedaços, ruas esburacadas, salários atrasados, falta d´água nas torneiras, e o gestor gastando milhões com bandas caríssimas, até o Chiclete com Banana. E tem eleitor e seguidores que continuam gostando, igual mulher de malandro: “apanha mas ama!!!” Tem gente pra tudo nesse mundo!

TINHA UM MALDITO BÚFALO NO CAMINHO
Manada de búfalos. Um perigo nas estradas da Baixada Maranhense
Existem Leis e mais leis, Portarias, Tacs, entre outras determinações para que os criadores de bubalinos retirem seus animais da Baixada de uma vez, ou os deixem presos em seus currais e cercados. Mas a desobediência é quase geral. Esse bichos medonhos, originários da Ilha de Marajó, no Pará, que dizimaram o meio ambiente e que não contribuem em nada com a economia da Baixada Maranhense, continuam andarilhos, sujos de lama, perambulando nos lagos, nas ruas, praças e estradas, causando acidentes e mortes nas nossas cidades. Este jornalista, no período de carnaval, também foi vitima desses bichos escrotos, na MA-014, em Viana, quando surgiu do nada um animal, da cor do asfalto no meio da pista. Um baque inevitável: uma sorte danada e um baita prejuízo no bolso. Se ninguém fizer nada, eles continuarão - iguais aos seus donos - cagando e andando nas nossas ruas e zombando de nossas autoridades. Até quando?

VIOLÊNCIA
Anderson Luis - vítima da violência em Viana
Ainda repercute em Viana e na Praça da Matriz o brutal assassinato do Jovem Anderson Luis Vieira, o “DaLua”, morto covardemente com uma facada na clavícula na madrugada de terça-feira de carnaval, na Praça de São Benedito, em Viana. Anderson é mais uma vitima da ausência do poder público nas regiões periféricas da cidade, cujos jovens, sem profissão, atividades esportivas e quiçá o primeiro grau, são presas fáceis ao consumo e tráfico de entorpecentes. Muitos desses jovens são vistos em turmas nas inúmeras serestas de Viana, consumindo drogas a vista de todos e sem serem incomodados pela polícia ou por ninguém. Daí para uma confusão entre galeras e juras de morte é um passo. O jovem assassinado era de uma família de pessoas de bem da Praça da Matriz, onde fazia inúmeros trabalhos para a comunidade, mas pode ter sido atraído para más companhias, o que não justifica uma morte tão cruel. A sua família quer justiça, mas o criminoso ainda não foi localizado e preso.

BONS TEMPOS 

No dia do velório de Anderson, na casa de sua avó materna, Dona Sinhazinha (já falecida), mãe do senhor Orlando, na Praça da Matriz, conversei com alguns conterrâneos do nosso tempo de juventude. Lembramo-nos de como resolvíamos nossas divergências nos saudáveis encontros de jovens daquela época em Viana: era tudo na base do bogue, sopapos e cabeçadas para derrubar o oponente. Quem perdia ou apanhava na briga não jurava o outro de morte. Não consumíamos drogas para ir às festas e, no outro dia, depois da escola, todos já estávamos juntos, jogando pelada nos extensos campos verdes da Cidade dos Lagos. Falta amor, falta poesia, falta juventude!...

2 comentários:

CARLITO MAIA disse...

NÃO PUDE PARTICIPAR DO CARNAVAL VIANENSE ESTE ANO, MAS PELO QUE OUVI DE PESSOAS QUE FORAM, FOI QUE O CARNAVAL DA AVENIDA LUIS DE ALMEIDA COUTO NÃO FEZ FALTA. A POPULAÇÃO PREFERIU SE DIVERTIR EM FAMÍLIA. O QUE É MELHOR.

Luiz Antonio Morais disse...

Caro Carlito, foi isso mesmo que aconteceu. Grato pela participação. Abc.