Não bastassem as grosserias, Aécio chegou a chamar a presidente de mentirosa, o tucano perdeu a chance de mostrar civilidade depois do debate no SBT. Ao ser questionado por Marina Silva, por telefone, sobre a agressividade na disputa, ele fez a seguinte indagação: "deu o desespero. Viu que ela passou mal no final?".
Uma atitude desproporcional e no mínimo reveladora do
caráter do candidato. Melhor seria ele interromper o que fazia no momento e ir
até a candidata para prestar solidariedade. Seria uma atitude altruísta, digna
de um candidato ao maior cargo da República.
O tucano indiretamente reforçou o ódio dos seus apoiadores
na rede social e nas colunas das mídias conservadoras. "Tá se sentindo
mal? A pressão baixou??? Chama um médico cubano, sua grande filha da
puta!", postou no Facebook o médico gaúcho Milton Pires.
Ao se referir à queda de pressão da presidente, o colunista
Ricardo Noblat sai com esse acinte: “ela saiu nocauteada. Não é força de
expressão”. A jornalista Rachel Sheherazade, acusada de fazer apologia e
incitamento à tortura e linchamento, fez festa com o comentário de Noblat:
"deu TILT no cérebro da Dilma! chama o SAMUUUUUUUUUUUU". Prosseguiu:
"calma, gente! não se preocupem. o Brasil tem SUS, tem a melhor saúde
pública, e tem ainda Mais Médicos. não faltará assistência à presidente ".
Enfim, esse é o triste clima de uma campanha que alimenta o
ódio. É fundamental que prevaleça o debate sobre o que de fato está em jogo.
São modelos políticos distintos e que precisam ficar cada vez mais evidentes.
Por isso, proponho a Dilma que de pronto peça a Aécio para explicar como ele
vai baixar a inflação sem desemprego e arrocho salarial. A receita dele nós já
conhecemos.
Iram Alfaia
Jornalista
OB de comunicadores do PCdoB-DF
Nenhum comentário:
Postar um comentário