Blog do Ed Wilson
Em um cenário de corte de gastos e ajuste fiscal, a presidente Dilma Roussef (PT) sancionou a medida de aumento do fundo partidário para quase R$ 900 milhões. PT e PMDB levam as maiores fatias do fundo.
Três vezes maior que o repasse de 2014 (R$ 289,56 milhões),
o aumento do fundo partidário é uma agenda positiva do governo para as
legendas, mas negativa diante da população.
Com o descrédito dos partidos na opinião pública, a
triplicação do fundo agride as investigações que revelam corrupção nas
legendas.
O fundo é dinheiro do contribuinte que alimenta as máquinas
partidárias. Fora esse recurso, as legendas captam doações de empresas privadas
e nos esquemas de corrupção.
Pressionada pelos partidos, Dilma deu aval ao aumento do
fundo partidário na intenção de fortalecer os recursos públicos nas legendas.
A sanção de Dilma ocorreu logo após o PT declarar
oficialmente que não mais aceitará doação empresarial.
Apesar das boas intenções, o aumento do fundo partidário
significa que a presidente cedeu à pressão dos grandes partidos e das legendas
de aluguel – pequenos feudos burocráticos que sobrevivem do repasse do fundo.
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